quarta-feira, 26 de junho de 2013

Linhas e laços.

A vida nos permite construir laços. Esses laços construídos nas relações interpessoais são diversos. Com algumas pessoas, constrói-se o laço da amizade. Com outras, o laço do amor romântico. Com alguns indivíduos, tem-se apenas o laço da simpatia. O que me intriga mesmo é o fato de os laços se fazerem e desfazerem de forma não contínua, nem sempre clara e muito menos objetiva.
Quantas vezes nos perguntamos por que pessoas tão próximas parecem desconhecidas, enquanto tantas outras recém chegadas em nossas vidas nos são íntimas e nos completam de uma maneira necessária para que nos sintamos peças fundamentais de algo maior?!
Adoro minha família!!! Minha família (constituída de pais, irmã, tios, primos, etc), reside em mim, numa mansão imaginária com frigobar free e vista privilegiada pras estrelas e pro mar. São parte da minha história como ser humano e me trazem as mais belas lembranças de todos os tempos que já vivi.
Tenho afinidade com 3 primas em especial, às quais denominarei neste post de Doida, Maluca e Purguenta (Puuurrr!!). A Doida e a Maluca são as mais novas de 10 netos (a segunda é a caçula), e a Purguenta faz parte da galera mais velha. Eu e minha irmã somos as primas do meio.
O que eu mais gosto quando há a oportunidade de encontrar minhas 3 primas juntas são as conversas que temos, que misturam a atualização de notícias, fofocas, muitas risadas e reflexões de mesa de bar, altamente filosóficas! Hahahahaha. Somos um pequeno time que é parte de um time maior, de 10 netos, com gente muito da boa.
Sempre estamos falando de relacionamentos e, nesses muitos anos de convivência, pudemos assistir de perto o vai e vem de pessoas na vida umas das outras. Às vezes nos revoltamos, porque “como assim aquele cara resolveu sumir?!”, ou então “que menina sem noção, não sou mais amiga dela!!”. As rupturas de laços e construção de outros novos são acompanhadas de perto por nós, como simples espectadoras ou como participantes ativas.
Algo me chamou a atenção numa dessas conversas de “comadres” que tive com minhas primas. Em duas oportunidades diferentes ouvi delas o seguinte: nem sempre as pessoas ficam na nossa vida, mas podemos aprender com elas e trocar experiências produtivas.
A vida é um emaranhado de gente e emoção. Você sabe onde a sua linha começa, mas ela vai se entrelaçando com outras e ninguém sabe qual é o fim dela... Ninguém, a não ser o Todo Poderoso, Criador do Céu e da Terra.
A vivência, o amadurecimento, nos traz uma calma maior pra lidar com situações de rompimento e construção de novos laços. Mas não se engane: o amadurecimento não anula o sangue que nos corre nas veias, e ver planos sendo desmoronados pelas circunstâncias não é nada agradável. Mas ter paciência pra enxergar até onde o barco vai com a maré é algo desejável. Certamente é preciso remar contra ela de vez em quando... Entretanto, um pouco de fluxo não é de todo mal.
A gente espera demais dos outros e os outros também esperam demais da gente! O que não entendemos, queremos discutir, e o que entendemos, queremos mudar. Eu observo isso principalmente na minha família (bem conhecida por sua teimosia e por ser constituída de mulheres muito fortes – “donas” de suas vidas). Gostamos de ter o controle. Nisso tudo, vamos vivendo e suportando o que dá, descartando o que já não é saudável pra nós e cultivando com amor e carinho nossos refúgios ambulantes: amigos, amores, família, Deus e o que mais quer que seja!!
Já vivi perdas e ganhos. Hoje, NESSE EXATO MOMENTO, comemoro o fato de certas perdas terem facilitado alguns ganhos importantes. Tenho poucos AMIGOS (sublinhado e com todas as letras em caps lock!), muitas pessoas pelas quais tenho uma simpatia imensa (altamente disponíveis para uma nova amizade) e algumas pessoas “móveis” (aquelas das quais eu gosto muito, também tenho muita simpatia, mas que nem sempre estão disponíveis para mim, ou eu para elas). Nem comentarei das pessoas que não gosto, porque pra essas já dei bola demais no passado. Hoje não mereceriam nem essas quase 3 linhas escritas.
Com as pessoas que amo, aprendo a cada dia, ainda que não as encontre fisicamente. E cada lembrança construída, cada laço reforçado só aumenta em mim a vontade de viver pra ver até onde iremos nos entrelaçando.
E, já que de referência só temos o ponto de partida, sem saber quem encontraremos no caminho, é bom ficar de olho aberto e coração receptivo... Alguns vêm e ficam, outros vão e não voltam, mas a vida é cheia de surpresas boas prestes a acontecerem e lições a serem aprendidas!
Como encerramento, dedico a todos vcs, leitores lindos, a música “Encontros e Despedidas”, que expressa bem o que escrevi aqui. :) Fora o aditivo do refrão “LARARAUERÊRÊRÊRÊRÊ...”, cantado na abertura da novela “Senhora do Destino” (Xessuis, resgatei essa!!! Hahahahaha)


Bjos a todos em suas respectivas bundicas! :)
Obs: desculpem o tempo grande sem postar. To pra entregar a dissertação do mestrado após dois longos anos e meio! É PRA GLORIFICAR DE PÉ! Hahahaha. E para esse próximo semestre, a resolução principal é conseguir escrever posts menores, porém mais frequentes! Hahahaha

                                        FUIIIISSSSSS!!!

Um comentário:

Anônimo disse...

Ainda bem que, mesmo da família, não sou teimoso.
E você, garota, com suas linhas que são fortes como uma grossa corda, consegue nos laçar.
Parabéns pelo belo texto.
Bob.