A vida nos permite construir laços. Esses laços construídos nas
relações interpessoais são diversos. Com algumas pessoas, constrói-se o laço da
amizade. Com outras, o laço do amor romântico. Com alguns indivíduos, tem-se apenas
o laço da simpatia. O que me intriga mesmo é o fato de os laços se fazerem e
desfazerem de forma não contínua, nem sempre clara e muito menos objetiva.
Quantas vezes nos perguntamos por que pessoas tão próximas parecem
desconhecidas, enquanto tantas outras recém chegadas em nossas vidas nos são
íntimas e nos completam de uma maneira necessária para que nos sintamos peças
fundamentais de algo maior?!
Adoro minha família!!! Minha família (constituída de pais, irmã,
tios, primos, etc), reside em mim, numa mansão imaginária com frigobar free e
vista privilegiada pras estrelas e pro mar. São parte da minha história como
ser humano e me trazem as mais belas lembranças de todos os tempos que já vivi.
Tenho afinidade com 3 primas em especial, às quais denominarei
neste post de Doida, Maluca e Purguenta (Puuurrr!!). A Doida e a Maluca são as
mais novas de 10 netos (a segunda é a caçula), e a Purguenta faz parte da
galera mais velha. Eu e minha irmã somos as primas do meio.
O que eu mais gosto quando há a oportunidade de encontrar minhas 3
primas juntas são as conversas que temos, que misturam a atualização de
notícias, fofocas, muitas risadas e reflexões de mesa de bar, altamente
filosóficas! Hahahahaha. Somos um pequeno time que é parte de um time maior, de
10 netos, com gente muito da boa.
Sempre estamos falando de relacionamentos e, nesses muitos anos de
convivência, pudemos assistir de perto o vai e vem de pessoas na vida umas das
outras. Às vezes nos revoltamos, porque “como assim aquele cara resolveu sumir?!”,
ou então “que menina sem noção, não sou mais amiga dela!!”. As rupturas de
laços e construção de outros novos são acompanhadas de perto por nós, como
simples espectadoras ou como participantes ativas.
Algo me chamou a atenção numa dessas conversas de “comadres” que
tive com minhas primas. Em duas oportunidades diferentes ouvi delas o seguinte:
nem sempre as pessoas ficam na nossa vida, mas podemos aprender com elas e
trocar experiências produtivas.
A vida é um emaranhado de gente e emoção. Você sabe onde a sua
linha começa, mas ela vai se entrelaçando com outras e ninguém sabe qual é o
fim dela... Ninguém, a não ser o Todo Poderoso, Criador do Céu e da Terra.
A vivência, o amadurecimento, nos traz uma calma maior pra lidar
com situações de rompimento e construção de novos laços. Mas não se engane: o
amadurecimento não anula o sangue que nos corre nas veias, e ver planos sendo
desmoronados pelas circunstâncias não é nada agradável. Mas ter paciência pra enxergar
até onde o barco vai com a maré é algo desejável. Certamente é preciso remar
contra ela de vez em quando... Entretanto, um pouco de fluxo não é de todo mal.
A gente espera demais dos outros e os outros também esperam demais
da gente! O que não entendemos, queremos discutir, e o que entendemos, queremos
mudar. Eu observo isso principalmente na minha família (bem conhecida por sua
teimosia e por ser constituída de mulheres muito fortes – “donas” de suas
vidas). Gostamos de ter o controle. Nisso tudo, vamos vivendo e suportando o
que dá, descartando o que já não é saudável pra nós e cultivando com amor e
carinho nossos refúgios ambulantes: amigos, amores, família, Deus e o que mais quer
que seja!!
Já vivi perdas e ganhos. Hoje, NESSE EXATO MOMENTO, comemoro o fato
de certas perdas terem facilitado alguns ganhos importantes. Tenho poucos AMIGOS
(sublinhado e com todas as letras em caps lock!), muitas pessoas pelas quais
tenho uma simpatia imensa (altamente disponíveis para uma nova amizade) e algumas
pessoas “móveis” (aquelas das quais eu gosto muito, também tenho muita simpatia,
mas que nem sempre estão disponíveis para mim, ou eu para elas). Nem comentarei
das pessoas que não gosto, porque pra essas já dei bola demais no passado. Hoje
não mereceriam nem essas quase 3 linhas escritas.
Com as pessoas que amo, aprendo a cada dia, ainda que não as
encontre fisicamente. E cada lembrança construída, cada laço reforçado só
aumenta em mim a vontade de viver pra ver até onde iremos nos entrelaçando.
E, já que de referência só temos o ponto de partida, sem saber quem
encontraremos no caminho, é bom ficar de olho aberto e coração receptivo...
Alguns vêm e ficam, outros vão e não voltam, mas a vida é cheia de surpresas
boas prestes a acontecerem e lições a serem aprendidas!
Como encerramento, dedico a todos vcs, leitores lindos, a música “Encontros e Despedidas”, que expressa bem o que escrevi aqui. :) Fora o aditivo do refrão “LARARAUERÊRÊRÊRÊRÊ...”,
cantado na abertura da novela “Senhora do Destino” (Xessuis, resgatei essa!!!
Hahahahaha)
Bjos a todos em suas respectivas bundicas! :)
Obs: desculpem o tempo grande sem postar. To pra entregar a
dissertação do mestrado após dois longos anos e meio! É PRA GLORIFICAR DE PÉ! Hahahaha.
E para esse próximo semestre, a resolução principal é conseguir escrever posts
menores, porém mais frequentes! Hahahaha
FUIIIISSSSSS!!!
Um comentário:
Ainda bem que, mesmo da família, não sou teimoso.
E você, garota, com suas linhas que são fortes como uma grossa corda, consegue nos laçar.
Parabéns pelo belo texto.
Bob.
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