Querido leitor: aí vai um post no maior
estilo “diário de menininha”.
Eu sei. Estamos no FINAL de Fevereiro.
Janeiro já passou. Daqui a pouco já é Natal! Eu já sei! Porém, o que não sai de
mim é a saudade desse Janeiro que, sim, já passou, mas que jamais será o mesmo,
tamanha a intensidade! Meu pensamento ta no Janeiro que veio como um tsunami, mudou
um monte de coisa dentro de mim, fortaleceu várias outras e me fez extremamente
feliz! Lembro desse Janeiro como se tivesse sido há 10 minutos!
Vocês sabem aquelas redações de volta às
aulas, sobre “como foram minhas férias e minhas perspectivas para o ano de 2014”
(sim, as professoras do Ensino Básico usam a palavra “perspectiva” e não
explicam para os alunos de terceira série o que ela significa)??? Então... Essa
é a minha redação. Enjoy.
Minhas
férias e minhas perspectivas para o ano de 2014
Minhas férias começaram como começam as de
todos os anos: com o Natal. Passei Natal, passei Ano Novo, tudo com a família.
O Natal, apesar de comemorar o nascimento de Jesus Cristo, não foi o auge da
alegria das minhas férias, o que é estranho, considerando que toda minha
família é cristã. Todo ano é assim. O Natal, que deveria ser o maior momento de
festa e regozijo, torna-se um jantar monótono, em que as pessoas contam os minutos
pra ir embora. Enfim. Jesus renasceu no meu coração e isso basta, não é?!
O Ano Novo geralmente é mais agitado, com
mais parentes, mais alegria, mais cantorias, mais pagações de mico de primas
(estou me incluindo nessa!) Estando com a família quase completa reunida, o
clima fica mais leve e nem todo mundo quer sair correndo pra casa dormir.
Melhor assim!
Entretanto, o ponto alto das minhas férias
ocorreram em dois momentos que trouxeram as tais lições e risadas do título (o
primeiro, não o segundo).
1) Por mais um ano, eu
participei de um curso chamado CELMU (Curso Ecumênico de Liturgia e Música). Assim
como no ano passado, passei variadas situações e APRENDI! Aprendi muito!
Aprendi em aulas formais e não formais. Aprendi com evangélicos e católicos.
Aprendi claves de sol e fá, aprendi técnica vocal e regência, aprendi história
da música e iniciação musical, aprendi percepção, aprendi liturgia. APRENDI. Aprendi a olhar para o outro e
me enxergar nele. Aprendi a deixar minha vaidade musical abaixo do nível comum,
aprendi a confiar... Confiar que Deus me deu um dom e eu preciso usá-lo no Seu
serviço. Aprendi a ter menos vergonha de tocar e cantar em público das formas
que eu GOSTO e SEI. Aprendi a pedir ajuda para aprender. Aprendi a demonstrar
mais amor, cultivar mais amizades, a estar presente em todos os outros meses do
ano! Se eu dissesse que valeu a pena, estaria mentindo. Valeu a pena, valeu o
coração, valeu o sorriso, valeu o cansaço, valeram as lágrimas de emoção. Convivi com pessoas muito diferentes de
mim, de todos os cantos do Brasil, aprendi música e liturgia com elas e me
senti parte de uma grande família. DE
NOVO. :) E novamente ano que vem, e no outro, e no outro, fazendo além
das 3 etapas básicas do curso, se Deus permitir. Porque vale a pena. Vale mais
do que isso! Me diverti. Ri muito. Cantei. Brinquei de “o banquinho do Raul”.
Saí. Estudei e me inspirei divinamente com todas as lições a serem aprendidas,
vividas e passadas adiante! Graças a Deus!
2) Dois dias depois do término
do CELMU, eu fui a um acampamento da igreja. Acampamento Cristo é Vida (ACV) . E foi só
por Cristo mesmo, gente, porque eu fui MUITO preocupada com o que encontraria
por lá, MUITO preocupada com as circunstâncias nas quais eu me convenci a ir, MUITO
preocupada com o fato de ser meu primeiro acampamento (VA = virgem de
acampamento), MUITO preocupada com os meus costumes religiosos e cotidianos e
MUITO preocupada com as outras pessoas. Fui.
O que eu encontrei por lá foi muito acolhimento e uma Elisa que eu não conhecia
tão bem. A Elisa que aprendeu que oração (individual, em grupo, uns pelos
outros, ao vivo) não é coisa de crente pentecostal. A Elisa que deixou de lado
antigos preconceitos contra irmãos de fé. A Elisa que VIVEU momentos inesquecíveis com pessoas inesquecíveis. A
Elisa que se reconheceu na risada vinda da cama do lado. A Elisa que fez amizades,
que agora estão grudadas nela com superbonder eterno. Eu, Elisa, vivi. Ri. Chorei (porque, afinal
de contas, eu choro até com desenho animado!). Superei alguns limites físicos. Aceitei (não to falando de
aceitar Jesus, porque já sou convertida, mas aceitar alguns fatos, ficar em paz
e tirar um pouco do peso do coração). Vi
um céu que nunca tinha visto igual
na minha vida!!! Vi uma fogueira enorme acesa. Vi Deus de uma forma que não
havia visto antes. Amei as pessoas,
o lugar. Me estressei, porque
algumas regras de acampamento geram estresse MESMO! Mas eu sei que o que ficou
aqui foi o melhor. Precisava passar por isso e conhecer as pessoas que eu
conheci. Recebi respostas para perguntas que ainda nem tinham sido feitas
por mim. E voltei com o coração pronto.
Entenda, querido leitor, que esse Janeiro,
apesar de muito “crente”, muito “religioso”, sem muitas badalações efetivas,
foi maravilhoso. E eu não pensei que seria tudo isso. Cansei demais! Foi um
Janeiro de correria, não de descanso físico. Mas dentro de mim, nunca tive
tanto refrigério! E, de coração, espero que esse refrigério esteja aqui comigo
e com você por todos os outros meses deste ano!
Agora, minhas perspectivas para o ano de
2014 são APRENDER, VIVER e RIR mais, como se Janeiro ainda fosse.
Obs: um beijo especial para o pessoal do CELMU e do ACV.
Obs 2: a foto desse post foi tirada no ACV, num momento chamado "A sós com Deus", pela Amanda Moraes, uma fotógrafa muuuitoooo boa, dona da cama ao lado da minha. Obrigada, Dinhaaaaa, pela foto e pela amizade!!! :)