Cara, provavelmente uma boa parte de vcs, caros leitores, não vai entender direito o porquê de eu estar escrevendo esse post. Não importa. Esse post ta sendo pensado e repensado há um mês e meio quase (brinca!!). Sim, um mês e meio repensando, umas duas semanas escrevendo e um único dia pensando: what a hell!!! Hahahaha
Eu mudei. Ponto. Eu mudei pra @#^%$#*! Pronto. Se vc acha suficiente essa declaração clichê de divã, ok! Pode fechar essa aba (ou guia) da sua janela e ir ver o vídeo “blueberries” no youtube, porque a partir de agora só vou desenvolver o tema proposto na primeira frase desse parágrafo. Ó, avisei. Depois ninguém pode reclamar que a postagem ficou grande!! :) Mas o vídeo do youtube eu recomendo que vcs assistam, mesmo que leiam o post até o fim. É engraçado! Rs
Então, nesse parágrafo só os curiosos o suficiente sobraram, certo? Querem entender por que isso ta me incomodando. Prossigamos, então!!
Não sou mais a mesma, e isso já disse. Não mudei só agora, mas agora, nesse exato momento, não posso alegar ignorância, não posso dizer que não sabia!! Não sou a mesma, e isso me alegra e me dói!
Não sou mais a menina bochechudinha que comia o lanche antes de todo mundo na escola!! Não sou mais a adolescente que sonhava com os Backstreet Boys (GRAÇAS!!). Não sou a mesma e isso é consciente!! O tempo do pra sempre passou. O “nunca” também ta saindo do meu vocabulário aos poucos. To mais forte, mais egoísta talvez... To mais espontânea, mais realista, mais calejada. To mais apegada aos amigos. To mais seletiva com relação a tudo o que que merece minhas lágrimas. Beeemm mais seletiva!!
Passou o tempo das horas de MSN. Dissertação é palavra recentemete adicionada ao meu vocabulário. Ter o que fazer é obrigatório. As tardes vazias podem ser vazias só por irresponsabilidade, porque sempre o cronograma ta lotadaço.
Passou a fase da ilusão. Nada de “o problema é comigo e não com você”. Nada de “você é a mulher ideal para eu casar. Me espera que eu volto. Vou ali e já volto”. Vai, meu filho. Já vai tarde!
Sempre fui romântica, provavelmente isso não vai passar, porque é algo que já nasceu comigo e que eu venho desenvolvendo desde o jardim II (Pedro Paulo, nunca vou te esquecer! Huahuahauauhauhauha). Me fizeram acreditar que o amor é suficiente para que um relacionamento dê certo. SURPRISEEEE!! PEGADINHA DO MALANDROOO!! Não é suficiente... Mals...
Me fizeram acreditar que há um cara ideal para cada mulher... Ideal? Vamos lá... Definamos “cara ideal”!! Ideal pra mim, a essas alturas do campeonato, é um cara que não me troque por um rodeio! Ideal pra mim é o cara saber rir dele mesmo! E de mim, pô!!! Ideal é o cara saber me admirar, saber falar e assumir que gosta de mim!! Ideal é o cara saber vestir suas calças e usar seus colhões quando eu precisar ser defendida de algo!! (Peguei pesado com os colhões! Hauahuahuahauhauhauha Lembrei da minha mãe agora!) Sim... MA-CHO! Ok? Fui clara?! Huahauhauhauha. Que ogra! Hauauha Mas, ó, se for cheiroso a gente agradece! Hauahuaha Se souber conversar, melhor ainda!! :) Apesar das experiências vividas, ainda acredito no poder de duas pessoas realmente quererem ficar juntas!! Mas, sinceridade: é difícil namorar. É difícil casar. Se já é difícil me relacionar com o porteiro do prédio, que precisa se relacionar comigo pra ganhar seu dinheiro honesto, imagina com alguém mais próximo, que te conhece, que olha pra vc e sabe quais suas intenções e que não ganha pra isso!! Muito bom ter alguém por perto!! Mas é complicado!! Não ter acesso total aos pensamentos de alguém e nem ao que pode acontecer no futuro dificulta, po!! Dificulta muito! Por não termos acesso aos pensamentos da outra pessoa, uma coisa é necessária: sinceridade. E ser sincero também não é das tarefas mais fáceis. Ainda mais quando essa sinceridade fere um pouco da felicidade do outro.
Aprendi a ser quieta por defesa. Aprendi a falar por defesa também!! E, mesmo tentando escolher melhor os momentos de falar, como posso ser mal interpretada!!! Complicado também. Falar merda é uma constante na minha vida! huahauhauhauhahaua
Depois de tanta coisa vivida, eu fui forçada a criar categorias de relacionamentos nas quais as pessoas se encaixam na minha vida: aquelas com os quais eu não me relaciono de jeito nenhum; aquelas com os quais me relaciono porque preciso; aquelas com os quais eu adoro me relacionar, mas que não têm a necessidade que eu tenho de criar vínculos; aquelas que vêm e ficam, que não me largariam mesmo que o mundo se desfizesse em pó e gosma.
Me fizeram acreditar que amizades verdadeiras não se acabam. Mentira. Quantas vezes minha amizade foi verdadeira e acabou!!! A verdade de uma amizade talvez não se meça pela duração. Sei lá, to divagando.
Imagino agora você, querido leitor, falando: “Meu... Ta chatinha, hein?! Ta fria...” Não, não. Aos 24 anos, decidi enxergar o que por tanto tempo não quis!! Meu mundinho lilás (porque não gosto tanto de rosa) desabou aos pouquinhos.
Não to no fundo do poço. To feliz!! Eu tenho escolha!! A-CA-BOU!! Cala boca já morreu, quem manda em mim sou eu!! (se vc conhece a versão do “quem manda na minha boca sou eu”, problema é seu. Eu aprendi dessa forma aí!)
Minha ideia de felicidade foi se modificando aos poucos, junto com todo o resto. Nesse momento consigo enxergar da minha sacada o que me faz feliz: escutar um molequinho japonês brincando de cinema com outras duas meninas. Ele ta gritando “luz, câmera, AÇÃO!”, e obviamente incorporou a função de diretor... O que manda!!
To mais mandona também. Ao mesmo tempo, consigo fazer concessões que antes nem passariam pela minha cabeça. Isso, ligada à idéia de felicidade que tenho hoje, só me mostra que muitas das coisas que pensei serem importantes antes agora não fazem a menor diferença.
Posso ver as luzes laranjinhas das ruas aqui perto, das ruas longe, as árvores. Ah, a presença de árvores me conforta, me da a sensação de férias. Fico aqui, permaneço aqui. Pertenço a aqui. Me deixa aqui, que esse é meu ponto! Hahahaha TO LIBERTA DA OBRIGAÇÃO DE SER FELIZ! FELICIDADE NÃO É MAIS TAREFA A SER CUMPRIDA, para quando velha poder olhar pra trás e dizer: ufsss, que cansaço... Acabei de ser feliz. Agora posso me ocupar com outra coisa menos estressante! Haahaha
To liberta da sensação de ser a última autista a dançar sozinha na pista. Ir ao cinema sozinha: PODE!! É aceitável. Ir acompanhada pode ser MUITO melhor! :):) Mas ir sozinha não me deixa com a sensação de vazio. Ir acompanhada ao cinema pra poder reclamar da ignorância da altura do som com 6 pessoas apenas na sala É MUITO BOM!! :) Elogiar o ator e suas virtudes (ops), criticar o filme, tudo isso é MUITO BOM!! Mas é sempre uma opção.
Dane-se (ou foda-se... Leia a versão que lhe pesar menos na consciência) as amarras que me prenderam a alguém que nunca fui. Falo sozinha mesmo. Às vezes em público. Gosto de usar roupa colorida, me arrumo porque sim!! Tenho o carro que tenho PORQUE SIM!! Não gosto de sertanejo (ah, isso nunca muda... quem sabe um dia! Hauhauha). Cresci E NÃO EMBURRECI! Já é vantagem, vai! Hahaha To grandinha e sei o que quero.
Quando eu decidi me amar e me respeitar na riqueza e na pobreza, na saúde e na doença, até a morte me separe de mim mesma, eu decidi sabendo!! Sei quem sou. Me relacionar comigo mesma também é complicado, não somente com os outros. Porque eu também sou complicada (serááá??? Hahaha) Mas disso também tenho noção. Por isso sou fiel a mim mesma. Por isso confio em mim e sei que não vou me trair! Hahaha Posso ser feliz sozinha, posso ser feliz acompanhada. E quem quiser vir, tem espaço na van! (Ed Motta? Jura, filha?!)
Aos que preferem descer no ponto anterior ao meu: prazer, foi bom enquanto durou!! Quem fica, fica! Quem vai, vai! Os que vão comigo daqui pra frente têm a garantia de um lugar acolhedor, confortável, refrigerado, com frigobar e vista para o mar dentro do meu coração. Aos que ficam: talvez não tenha sido forte o suficiente, talvez não tenha sido verdadeiro o suficiente, talvez tenhamos sido negligentes, talvez tenha faltado esforço, tempo, paixão, vontade de ficar perto, paciência, entre outras coisas desejáveis. E talvez, cara, nem importe mais!!! Se a culpa foi minha ou sua, tanto faz.
Meu bonde ta partindo (pô, sua louca, não era van??) e eu não tenho mais tempo pra discutir os pingos dos is. To mudada e to melhor!! O que me espera daqui pra frente é uma surpresa. Mas to indo com balas a mais, para o caso de não ser agradável.
Bjo nos bumbuns de vossas senhorias!! Demorei, mas postei! :)